I’m not going anywhere.

I'm not going anywhere.

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Last flowers

Hoje tive uma sensação estranha. Entrei no quarto onde guardamos as coisas antigas que não usamos mais. Lá eu enxerguei o peso do tempo passando, ao observar as velhas bolsas e livros da minha irmã. Lá eu vi a adolescência deixada pra trás. Vi uma época da vida que não existe mais, um santuário do passado estagnado naqueles objetos.

Ao entrar ali pude ouvir pedidos de namoro, risadas e música alta. O murmúrio desesperado da pessoa que um dia fomos, entristecida por saber que nunca voltará a ser. Ao parar para pensar, percebi que morremos um pouco a cada dia. Morremos um pouco a cada informação nova que recebemos, a cada opinião nova que formamos. Experiências que vivem na memória, não vivem mais. Lembranças nada mais são que imagens queimadas na retina. Resquícios de um “eu” que deixou de existir no momento em que o dia acabou.

Vi a juventude, os gostos, as modas, as vontades e as convicções trancafiadas ali. Deixadas pra trás. Perguntei-me se ainda lembro de todas as Arielis que já personifiquei. Senti-me como uma desconhecida dentro do meu próprio corpo ao me ver esquecida naquele quarto entre sombras dos sonhos que não realizei, das viagens em família e do conforto da casa em que sempre vivi. Foi como se a alma de tudo que já deixamos pra trás estivesse adormecida embaixo da poeira, foi como se eu estivesse ali velando por um antigo ser do qual sinto falta e que nunca mais verei.

A visão daqueles objetos que atravessaram o tempo na minha família, agora guardados só para lembrarmos do que eles um dia significaram para nós, me aterrorizou um pouco. Temi pelo que sou hoje, quis pedir perdão por não valorizar cada momento dos meus dias, pois sei que a pessoa que está aqui agora digitando nesse teclado amanhã pode (e provavelmente vai) estar morta, para possibilitar o nascimento de alguém com metas totalmente novas e anseios inéditos dentro de mim.

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Long road.

As coisas têm sido fáceis nos últimos dias.

Ou nós estamos acostumados a seguir o fluxo?

Cada parada, cada curva, nos traz um pedacinho do mundo que nunca pensamos em conhecer. Através das janelas,  das ruas e das risadas presenciamos histórias sendo construídas ou destruídas.

Vocês sabem quantas vidas temos em uma vida? Quanto tempo demora para conseguirmos seguir em frente? Deixar ir não é fácil, e mesmo assim é a decisão mais acertada entre todas.

O apego a uma rotina, os costumes, as lembranças, ficam todas gravadas em algum lugar. Adormecidas na sua falta de expectativa, inertes. Sem forças, não podem mais ser. Não são.

Voltam em cheiros, situações e músicas. São longínquas. Distantes como uma outra existência, quase sem relação com o presente…

O que aconteceu já faz tanto tempo agora. Toda uma vida mudou. Consegue ver alguma semelhança com o passado?

Parece que as decisões estão todas pré-fabricadas, não temos guardado muito tempo para pensar nas razões, nas motivações e na consequência. Estou fazendo porque quero, porque devo, porque acho que quero, ou porque acho que devo? 

A confusão. Não queremos temer…

Alguma coisa ainda me impulsiona. Estou indo encontrar.

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Atos falhos – Gabito Nunes

Um dia, eu sei, você vai entender os meus motivos. E talvez eu os entenda também. Você estava meio etílica, mas sei que foi honesta, pelo menos na hora em que disse aqueles troços. Não sei o nome disso que estamos sentindo um pelo outro e também não me importa. Pode ser o ápice ou o precipício, e tudo bem. E também não sei se teremos habilidade para cultivar isso por três semanas ou por três décadas inteiras. Só sei que agora estou interessado em saber como será o próximo passo.

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Usar alguém.

Admitir que usamos uns aos outros pode parecer egoísta, porém é nisso que a vida se baseia. Relações de troca existem para apontar por quanto tempo, coisas e pessoas nos são úteis. Ser útil nada mais é do que ser bom para determinada finalidade, seja ela duradoura ou passageira.
Essa mutualidade é necessária. Um deve servir ao outro de alguma forma desejável. Queremos proximidade com os que podem nos oferecer aquilo que buscamos… Alguns oferecem distração, outros carinho, segurança ou até meia dúzia de risadas. Sem grandes comprometimentos, sem grande desordem.
Usar sem culpa, receber e ser recíproco. Sem dor, sem fadiga, sem desconfiança. Casual, leve, instigante. Rápido, divertido, quase impessoal.
Essas artimanhas e possibilidades da vida, que nos ocupam e nos livram de excessos e dramas. É por tudo isso, por perceber que o mundo não pára de girar, que continuar vale a pena.

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Despedida

Eu não sentia esse desprezo todo por você, como você pensa. Mas a partir de uma época, não sei exatamente, comecei a sentir um desprezo enorme de nós dois, como um casal. Eu amava você, mas rejeitava o esquema “nós”. Você sabe, casais felizes vivem ou de projeções ou de mentiras mútuas ou de condescendências, e não tínhamos uma coisa nem outra.

Quando vi, passei muito tempo sonhando com aquele cara que me apaixonei em princípio, e não enxerguei que estava convivendo com um protótipo, um fantasma, um resquício dele. Eu tinha uma ideia de amor não baseada na nossa realidade, e talvez tenha sido esse meu pecado. O seu foi apenas não me acompanhar, ter descido os pés no chão pouco após zarpar da viagem, não sei se me entende.

O caso é que passei tempos sendo generosa contigo. Generosa com os dias que você sufocava qualquer manifestação de romance, generosa nas vezes que você comentava do seu trabalho sem prazer nenhum, generosa quando você esquecia de bolar algo novo pra me tocar, generosa com suas décimas ligações no mesmo o dia, generosa te sugerindo formas de fazer as pazes comigo depois de alguma intempestividade, generosa com as vezes que você vinha da rua me trazendo nada, generosa com sua amargura.

Eu consertava tudo, e você só fazia deixar o mundo de ponta-cabeça. Então decidi que chegara a hora de atroz. Demorei, mas descobri que podia ser cruel, muito cruel. Simplesmente me vi exausta de tentar camuflar minhas expectativas. Ao mesmo tempo que odiei nós, desenvolvi um amor oceânico por todas essas emoções e sentimentos que nunca imaginei que poderia ter de volta. Me apeguei a isso. E foi aí que tudo que você achava saber sobre mim tropeçou e caiu feio.

Uma vez ameacei ir embora e tudo que você foi capaz de me dizer foi um “pode ir!” cheio de desprezo. E quer saber? Eu fui. O que eu queria? Apenas converter aquele “pode ir!” idiota, sabe? Eu testei você, e você caiu, trouxa. Medroso, covarde, cagão, não foi homem pra me procurar. Vai ver é por isso que resolvi tomar a iniciativa, como sempre. Para ao menos fingir que tivemos uma despedida.

http://www.gabitonunes.com.br/2011/07/despedida.html#more

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Olá!

Since you’ve gone I’ve lost that chip on my shoulder
Since you’ve gone I feel like I’ve gotten older
Now you’re gone it’s as if the whole wide world is my stage
Now you’re gone it’s like I’ve been let out of my cage.

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Candy na época da tv velha.

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